TABAGISMO EM ESTUDANTES DE FISIOTERAPIA DA FACULDADE DA ALTA PAULISTA - FAP, TUPÃ – SP

Autores

  • Juliana Bassalobre Carvalho Borges
  • Gabriela Freese Navarini
  • Elisângela Cristina Dias Felipus
  • Keli Aparecida dos Santos Antonio
  • Thaiana Fantacussi dos Santos
  • Sebastião Marcos Ribeiro de Carvalho

Palavras-chave:

Estudantes. Questionário de Fagerström. Tabagismo

Resumo

O objetivo do presente estudo foi avaliar o índice de tabagismo, grau de dependência nicotínica e sua relação com índice de massa corpórea em alunos do curso de Fisioterapia da Faculdade da Alta Paulista, Tupã-SP. Foram avaliados 152 estudantes de ambos os gêneros, idade entre 18 e 46 anos (média 21,7 ± 4,82 anos), submetidos a protocolo com dados pessoais; hábitos de vida como tabagismo, prática de atividade física; avaliação do índice de massa corpórea (IMC), questionário para tabagistas adaptado do Ministério da Saúde e dependência à nicotina pelo questionário de Fagerström (QTF). Foi realizada análise estatística pelo teste qui-quadrado, adotou-se nível de significância 5%. Na amostra encontrou-se 13,2% de tabagistas dos quais, 40% apresentaram dependência nicotínica muito baixa, 30% baixa, 15% média e 15% elevada. Quanto à classificação do IMC, 17,6% abaixo do peso; 52% normal; 19,1% sobrepeso, 11,3% obesos e 2% severamente obesos. Observaram-se resultados significantes quando se relacionou: gênero com número de cigarros consumidos por dia (p=0,008); dependência nicotínica com fumo freqüente pela manhã (p=0,03); dependência nicotínica com tempo para fumar o primeiro cigarro após acordar (p=0,002) e dependência nicotínica com uso do tabaco quando doente (p=0,03). Não houve associação entre IMC e dependência nicotínica nessa amostra. A avaliação do QTF e IMC são medidas adequadas, importantes e de baixo custo, entretanto sugerimos que são necessários estudos mais específicos sobre essa relação nesta população. Destacamos a importância da atuação preventiva sobre obesidade, dependência ao tabaco e fatores de risco cardiovascular em adultos jovens.

Referências

BARBATO, K. B. G. et al. Efeitos da redução de peso superior a 5% nos perfis hemodinâmico, metabólico e

neuroendócrino de obesos grau I. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, São Paulo. v. 87, n.1, p. 12-21, jul. 2006.

CAIRES, N. F. R. et al. Sobrepeso e obesidade entre os funcionários da UEFS. Revista Baiana de Saúde Pública.

v. 29, n. 2, p. 238-250, jul./dez.2005.

CASTRO, M.G. et al. Qualidade de vida e gravidade da dependência de tabaco. Rev. Psiq. Clín. Porto Alegre. v.

, p. 61,67, 2007.

CERCATO, C. et al. Risco cardiovascular em uma população de obesos. Arq Bras Endocrinol Metab. v. 44, n.1,

p.45-48, 2000.

CONDE, W. L.; MONTEIRO, C. A. Valores críticos do índice de massa corporal para classificação do estado

nutricional de crianças e adolescentes brasileiros. Jornal de Pediatria. v. 82, n.4, p. 266-72, 2006.

DOIRADO, F. G. Avaliação do índice de massa corpórea e risco cardiovascular em escolares de uma escola

privada na cidade de Tupã, SP. 2006. 41 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Fisioterapia) –

Faculdade da Alta Paulista, Tupã.

FIGUEIREDO, J. C. Avaliação do índice de massa corpórea e risco cardiovascular em escolares em uma escola

particular na cidade de Marília, SP. 2007. 60 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Fisioterapia) –

Faculdade de Filosofia e Ciências, Unesp, Marília.

GUS, M. et al. Associação entre diferentes indicadores de obesidade e prevalência de hipertensão arterial. Arq.Bras.

Cardiol. São Paulo. v. 70, n. 2, fev.1998.

HALTY, L. S. et al. Análise da utilização do Questionário de Tolerância de Fagerström (QTF) como instrumento de

medida da dependência nicotínica. J. bras. pneumol. São Paulo. v.28, p. 181-86.

LEON, A. S. Bases científicas para as medidas de prevenção das doenças cardiovasculares hipertensiva e aterosclerótica.

In: POLLOCK, M.; SCHMIDT, D.H. Doença Cardíaca e Reabilitação. 3. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2003.

LEVY, C. S.; SILVA, R. M. M.; MORANO, M. T. A. P. O tabagismo e suas implicações pulmonares numa amostra

da população em comunidade de Fortaleza-CE. RBPS. v.18, n. 3, p.125-29, 2005.

LUPPI, C. H. B.; ALVES, M. V. F. F.; SANTOS, A. A. Programa de Cessação ao Tabagismo: Perfil e Resultados. Ver.

Cienc. Ext. v.2, n.2, p.51, 2006.

MACHADO, V.C.; ALERICO, M.I.; SENA, J. Programa de prevenção e tratamento do tabagismo: uma vivência

acadêmica de enfermagem. Cogitare Enferm. São Paulo. v. 12, Abr/Jun. p. 248-52, 2007.

MENEZES, A M. B. et al. Tabagismo em estudantes de Medicina: tendências temporais e fatores associados. J. bras.

pneumol. São Paulo. v. 30 n. 3, maio/jun. 2004.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Ajudando seu paciente a deixar de fumar. Rio de Janeiro: INCA, 1997.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Abordagem e tratamento do fumante – Consenso 2001. Rio de Janeiro: INCA, 2001.

PORTO, C. C. Doenças do Coração – Prevenção e tratamento. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

POWERS, S. K.; HOWLEY, E. T. Fisiologia do exercício: teoria e aplicação ao condicionamento e ao desempenho.

ed. São Paulo: Manole, 2000.

RAMOS, M.M. et al. Prevalência de fatores de risco cardiovascular em profissionais de saúde no ambiente de

trabalho. Revista da SOCERJ. v. 19, n. 4 , 2006.

REGENGA, M. M. Fisioterapia em Cardiologia: da UTI à reabilitação. São Paulo: Roca, 2000.

RIBEIRO, S. A. et al. Prevalência de tabagismo na Universidade Federal de São Paulo, 1999 – dados preliminares de

um programa institucional. Rev. Ass. Med. Brasil. v. 45, n. 1, p. 39-44, 1999.

SALES, M. P. U. et al. Ambulatório de apoio ao tabagista no Ceará: perfil dos pacientes e fatores associados ao

sucesso terapêutico. J. bras. pneumol. São Paulo. v. 32, n. 5, set./out. 2006.

SIMÃO, M. et al. Doenças Cardiovasculares: Perfil de trabalhadores do sexo masculino de uma destilaria do Interior

Paulista. Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 4, n. 2, p. 27-35, 2002. Disponível em http:// www fen. utg. br.

Acessado em 24/09/05.

SOUZA, L. J. et al. Prevalência de obesidade e fatores de risco cardiovascular em Campos, Arq. Bras. Endocrinol

Metab. Rio de Janeiro. v. 47, n. 6, p. 669-76, 2003.

SPIANDORELLO, W. P. et al. Avaliação da participação de pequeno número de estudantes universitários em um

programa de tratamento do tabagismo. J. bras. pneumol. São Paulo. v. 33, n. 1, jan./fev. 2007.

TAUIL, M. C; COELHO, R. A. C; MONTEIRO, P. S. Prevalência do uso de fumo entre alunos do curso de graduação

em enfermagem da Universidade de Brasília. Comun. Ciênc. Saúde. v. 17, n. 2, p. 121-127, 2006.

VIEBIG, R. F. et al. Perfil e saúde cardiovascular de uma população adulta da região metropolitana de São Paulo.

Arquivos Brasileiros de Cardiologia. v. 86, n. 6, maio, 2006.

Downloads

Como Citar

Borges, J. B. C., Navarini, G. F., Felipus, E. C. D., Antonio, K. A. dos S., Santos, T. F. dos, & Carvalho, S. M. R. de. (2011). TABAGISMO EM ESTUDANTES DE FISIOTERAPIA DA FACULDADE DA ALTA PAULISTA - FAP, TUPÃ – SP. Revista OMNIA Saúde, 5(1), 43–53. Recuperado de https://omnia.ojsbr.com/omniasaude/article/view/36

Artigos Semelhantes

1 2 3 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)